Mostrando postagens com marcador Reflexões Jackson 5. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Reflexões Jackson 5. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Minhas reflexões sobre os “Jackson´s Fives:



Minhas reflexões sobre os “Jackson´s Fives:


Devia ser o ano de 1983 ou 1984 quando tive minhas duas primeiras referências musicais lapidadas em meu inconsciente de maneira brutal e pensando hoje, talvez sem escolha. Kiss e Michael Jackson, não necessariamente nessa ordem foram os dois primeiros discos, os dois primeiros pôsteres a aparecerem em minha casa e em minha infância. De maneira direta por causa de meu irmão mais velho, de maneira indireta por causa dos Primos mais velhos: Alberto, Henrique e Marcelinho, que tinham ido ao Rock n´Rio e tido a sorte de se hospedaram no mesmo hotel de Ozzy Osbourne, com quem fizeram fotos e na época nos mostraram.






Mas voltando ao foco desta humilde crônica reflexiva, revendo hoje as imagens de Jackson Five e Michael Jackson criança, ambos colossais realizando seus dons de maneira ilimitada e
surpreendente. Matando as pessoas em volta de admiração, inveja, sonho sem nem se darem conta de que estão, de que estavam plantando uma semente de liberdade no coração de cada fã ou pessoa ali presente. O Menino Michael em momento algum de sua infância parece revelar o desesperado quadro que viveria 30 anos depois. E foi pensando no Por que, deste quadro, que me meti a escrever sobre esse sujeito de biografia terrestre espantosa e exótica acima de tudo.







Recapitulando: Jackson foi um menino que teve sua infância estuprada por compromissos profissionais que fizeram dele um mito de vendas, de noticias, de arte. Até a primeira metade de sua vida conseguiu administrar e passar a imagem de “bom-moço negro feliz americano” que podia perfeitamente através da dança e da música, sanar os Karmas e as injustiças dos anos de escravidão e racismo na América, desde que se englobasse no Sistema de Fabricação de Felicidade em Massa, leia-se a construção de um Pop Star e esses quanto mais estranhos e maníacos melhor.







Logo, na segunda metade de sua vida, o feitiço vira contra o feiticeiro. E aquele genuíno produto dos conceitos de prosperidades vomitados em Bervelly Hills, Palm Beach e Cia... Transforma-se na coisa mais estranha e inqualificável da história. Um homem que não cresceu! Como se o espírito de Jackson na esperança de perpetuar Peter Pan se recusasse a aceitar os dogmas do que é ser adulto. Independente de ser certo ou errado a postura de Michael principalmente após os 40 anos, indicia uma esperança, um aviso desesperado de que não se pode perder a infância. De que é melhor sacrificar a sanidade em nome da arte, do que a infância em nome da guerra.






Jackson é a materialização escancarada de que nós e os que vieram antes de nós estamos enganando nossas crianças. Estamos subornando-as com promessas de passeios, brinquedos e derivados da fama em troca de bom comportamento ao invés de educá-las a Luz do conhecimento e da Verdade.









Toda a esquizofrenia, pedofilia (eu não acredito que ele fosse, mas aceito a hipótese) e possíveis demências de Michael sumiam, viravam nada quando ele dançava, quando era o Bailarino, o Inventor, quando ele compunha um novo hit ou gravava um novo clip. E o mesmo efeito energético acontece quando uma criança com câncer, um jovem manco ou aleijado sorri e fica feliz por alguma coisa simples, (ás vezes invisível e essencial) que lhe aconteça. A doença é nada diante desse momento.






O tempo é uma propriedade psíquica. A biografia de Michael Jackson e os “totens & tabus” que elegemos como padrão de felicidade está intimamente conectado.

Não somos tão diferentes assim. As aberrações que víamos e coisas que sentíamos ao testemunhar a evolução mutante do artista são as nossas imperfeições e mentiras que não queremos contato, projetadas em alguém fora de nós. O Cristo, o Rei, O Michael Jackson. O ídolo é a maior vitima de todas. Será a primeira cabeça cortada quando os medíocres se sentirem insatisfeitos.






Talvez igual ou pior que Jackson estamos nós fazendo plásticas e maquiagens na intenção de esconder nossas imperfeições, nossas taras e fraquezas, nossas doenças camufladas na estética da prosperidade.






Mas como pimenta no dos outros é refrescos e não é todo mundo que consegue dançar e através dessa dança explicar o que é Liberdade e jogar os conceitos de limites na lata do Lixo, fica fácil entender por que fascina o povo, ver gente boa e competente se dar mal, principalmente na America do norte e America latina.


As pedofilias e defeitos de Michael Jackson são materializações de diferentes prismas dos travestis de Ronaldo, da maconha de Gilberto Gil e Soninha, da “maioridade penal”, de todas as hipocrisias que praticamos e justificamos em discursos sofismáticos, ou dos conceitos de diversão que consumismos plastificados em lentas formas de suicídio.




R.M. Médico Animósico - Setembro 2009






Visualizações de páginas da semana passada