sábado, 17 de outubro de 2009

O Karma de Gilberto Gil

O Karma de Gilberto Gil



Você já ouviu Gilberto Gil? Conhece um pouco da obra dele?


Disse o Herbet Viana que: “Gilberto Gil é o Mestre Taoísta da Musica Popular Brasileira”!











Não da pra pensar em Brasil e não vir na mente a cara desse sujeito tocando violão, encolhendo os olhos e “passarinhando” com sua garganta sons agudos. Eu como fã escuto direto e sempre gostei muito e hoje refletindo sobre ele, sua biografia e sua energia, resolvi escrever. Confesso que já há uns dois anos que viajando busco no youtube, internet e etc... e nesses últimos tempos vi e descobri muita coisa sobre o cara, que surpreendentemente materializaram um encontro entre eu e ele, depois de um show.


Hoje, pensando nele e escutando “esotérico” veio essa idéia do “Karma de Gilberto Gil.”









 

Eu nunca vi o Gilberto Gil puto.





Nem quando rodou com a policia no sul (e fizeram uma reportagem de TV realizando um encontro entre ele e o policial, você pode ver no youtube). Ao mesmo tempo, vendo-o falar, tocar cantar, não é possível imaginá-lo fazendo algo mal feito.













Este homem carrega em sua gigantesca aura heranças etéreas das mais antigas tribos responsáveis pelo desenvolvimento espiritual das raças de nosso orbe. Desde tempos imemoriáveis, através de ritmos, sons, ruídos, cordas, batuques, as nossas células foram sendo envolvidas e preparadas para faixas vibratórias mais harmônicas que haveríamos de habitar quando nos tornássemos civilização e ele estava lá.





Este homem esteve presente encarnado no seio do avanço de nossa sensibilidade através da música clássica. Suas moléculas foram testemunhas do nascimento do jazz, do blues, deslizando vida após vida sem se apegar a opiniões e expectativas. E toda aquela calma vibra. Eu nunca cheguei perto do xico Xavier, mas se tivesse chegado, acho que teria sentido algo parecido com o que senti quando abracei Gilberto Gil, só que ampliando conforme o grau de pureza e avanço.






Nesse momento, cheguei a conclusão que Gilberto Gil, (E toda essa turma insuperável da bossa nova e tropicália) são espécies de “Bodhsatwas do Brasil”.







Pra quem não sabe, Bodhsatwas são seres extremamente evoluídos que poderiam habitar qualquer plano do espaço, mas habitam com um determinado plano inferior por amor até que esse evolua completamente.






De fato se a gente pensar que Gil e sua turma lutaram usando arte, música, espetáculo e não bombas é um exemplo e tanto para um povo que infelizmente ainda não conseguiu se organizar para acabar com a fome e com a violência.






Esse exemplo que fica do Bodhsatwas de que é possível se revolucionar em paz é a exata vibração do Homem. Eu estive com ele só essa vez depois desse show e vou contar como foi impressionante (principalmente do ponto de vista energético) bem simplificado pra não escrever tanto:






Eu tinha feito um poema ás pressas e fui a ultima pessoa a falar com ele no camarim. Entrei meio sem jeito e disse:




- Da lincença...






Ele me olhou, fitou, encolheu os olhos, parecia estar reconhecendo alguém, de verdade...







Eu me apresentei e lembrei que em 2007 na áfrica, tinha recebido uma email em nome dele, do ministério da cultura, por que tinha enviado meu livro e meus CDs quando lancei, de presente pra ele tipo meses antes. Tinha esquecido e foi uma surpresa imensa. Mas no encontro, eu falei que tinha enviado o livro e ele fez aquela cara de: - Aham, eu sei....rs








Ai eu disse: - “Queria pedir duas coisas, uma te dar um abraço e a outra recitar um poema.” Ele falou: - O meu filho, claro...






Eu recitei o poema até o fim, chorei de verdade, mãos tremiam. Não consegui falar nada do que “tinha ensaiado um dia” ou gostaria. Ele agradeceu. Pareceu comovido, mas altamente sereno e controlado e tinha os olhos amarelos brilhantes como uma pedra de mel. Pegou o poema nas mãos, disse que ia por num quadro em sua casa, eu ri. Demos três abraços sendo um longo e mais forte. Fizemos duas fotos. Saímos em direção ao carro que o esperava e tudo que eu tentei dizer a ele foi em vão pois, ele ia andando pelo corredor e se despedindo de cada pessoa pelo caminho.




Lamentei não ter uma cópia do poema e não tenho até hoje, dei a ele o “rascunho original” do que tinha escrito oras antes.Depois fiquei pensando:

-Quantas pessoas será que já recitaram poema pro Gil, buscando me sentir especial e ai percebi e me questionei: O que seria da Macrobiótica, do I-ching, do yoga, do violão, do meu imaginário artístico, da música e da poesia na minha vida e tudo que me faz gente se não fosse essa imensa influência.








Desde criança, eu olhava o Gilberto Gil, e achava ele belo e admirável. Na adolescência, eu achava feio fisicamente por que desenvolvi a minha vaidade, reparava a vaidade dos outros, mas me questionava sempre como aquilo não fazia a menor falta no caso dele, ele era simplesmente energeticamente sedutor.










Depois dos 20 anos de idade, eu olhava o Gil e o Caetano e achava os dois lindos e acho até hoje. Essa maneira de envelhecer, de enriquecer, de ser exilado, de voltar de cabeça erguida, de ser homem e mulher, de ter razão, e fazer polêmica, de ser criticado e criticar, de estar no mundo e ser de santo amaro, é toda a elegância que nosso povo e principalmente a finada classe média brasileira precisa.













Dessa forma, sinto que, a Hierarquia Universal trabalha com diferentes formas de anjos, “Mini-cristos”, avatares, bodhstawas, Mahatmas e outros evoluídos que encarnam e estes são os que nos ensinam como Gil. Penetram na cultura, na telenovela, no rádio, na trilha sonora. Criam tentáculos de fé positiva por todo o sistema cultural e social do país, depois do mundo todo. Com arte, deixa uma semente que vira uma marca, que se transforma em estilo, exemplo e mostra as pessoas quanto vale mais ser você mesmo custe o que custar.









A minha sensação no camarim é que estava diante de um gigante. (Claro que ao meu lado qualquer um fica gigante, mas eu to falando de outra grandeza). Eu senti claramente a aura de Gil iluminando a sala e ganhando as alturas. É realmente difícil ou impossível chegar perto daquela pessoa e não ter reações de encanto, de emoção. Foi como se todas as melhores músicas dele estivem ali diante de mim, já com cabelos brancos em lindos rastas, olhos que pra mim brilharam em cor de mel e um corpo forte que tinha acabado de pular e dançar muito no palco.






O Karma de Gilberto Gil é fazer o Brasil acordar. É mostrar que a pobreza, que a velhice, que a derrota, que o exílio, que unanimidade, a morte e a doença não são nada diante da fé (andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar...rs)






E o preconceito, a ignorância, a agressividade e outras faixas energéticas de nosso pólo negativo, ganharão novos primas de consciência, menos densos e telúricos do que os habitados até então.








Gilberto Gil é futuro. É como se os seres todos do amanhã deste planeta, devessem ser assim como ele, um pouco de tudo, já pensou?






R.M. – Médico Animósico – outubro 2009



sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Indagações sobre o que foi feito do Sagrado Feminino:

SAGRADO FEMININO


Depois do “Código da Vinci” esse termo “sagrado feminino” ficou em evidência, na moda. A Deusa e não mais um Deus passou a fazer parte das possibilidades de nosso imaginário divino desde então.


Durante pelo menos os últimos seis mil anos da nossa era, o mundo machista solapou humilhou e conquistou as mulheres e o mundo na base da porrada, da força, da mentira, do egoísmo. Há várias linhas de estudos que dizem que o mundo há mais ou menos 20 mil anos (outros dizem 20 mil eras) atrás, era matriarcal. As mulheres eram divinamente respeitadas graças á vida humana que saia de dentro delas.

A coisa começou a cambiar, quando os exemplares machos de nossa espécie começaram a perceber que para aquele barrigão surgir e a vida na terra prosperar, as Matriarcas dependiam da fornicação que rolava meses antes e da colherada de esperma que saia de dentro deles. Há quem diga que Atlântida foi o último baluarte dessas espécies já em decadência. Foi em Atlântida que a androgenia se transformou para sempre em feminino e masculino e estudantes mais ousados dizem ainda que, mais ou menos nessas eras, o homossexualismo nasceu: Como forma de se rebelar contra Deus e a criação e também como forma de rechaçar o poder das mulheres já que essas em suas barrigas podiam gerar a vida, enquanto os homens só geravam (até hoje só geram) coco (quase sempre mole).






Durante todos os últimos milênios, até décadas atrás, nos relacionamos com aquilo que foi estabelecido para homens e mulheres, meninos e meninas. Azul e rosa, cabelo comprido e cabelo curto, calça comprida e saia, brincos e acessórios, maquiagem e barba entre outras coisas, tudo define, ou definia o que compõem um homem, o que compõem uma mulher

.Deus não teria feito um ser tão aparentemente frágil e delicado, curioso e carismático como as mulheres, se não tivesse dado a elas o Ying da força descomunal que trazem que as faz perdoar, que as faz se vingar, que as faz dar a luz, que as faz ter ou perder escrúpulos, de uma maneira que os homens não conseguem tão bem.






Na mitologia grega o masculino é representado por Cronos ( o que devorava seus filhos) que é o Deus do Tempo e a mulher por Gaya que é a Deusa da terra (que deu luz a Zeus, filho de Cronos e esse, o destituiu do trono do Olimpo) Cronos, (ou saturno para o império romano, ambos são os mesmos), como também é conhecido, jamais se recuperou completamente dessa traição.



















Ora, os gregos possivelmente em sua sensibilidade hedonista devem ter percebido muito acertadamente que: O tempo não volta atrás e dá seus frutos de maneira bélica, sem se apiedar como disse Einsten. Já a terra, aceita de tudo que venha dos homens, dos céus, dos deuses. Precisa de muito pouco para frutificar, sementes que muitas vezes são até podres e desprovidas de esperança, em contato com boa terra se tornam grandes árvores, lindas flores, polpudos frutos e frutas.


A questão é que, depois de uma dezena de milênios de machismo e opressão as mulheres se tornaram socialmente livres, culturalmente independentes e autônomas, conquistaram um espaço na sociedade que destaca sua importância e papel energético insubstituível na evolução dos planos universais.






Porém não parecem satisfeitas ou mais felizes com essas conquistas já que, a única referência de criação e atitude que tinham para se espelhar e tomar como exemplo eram os próprios homens e a cultura machista.







 


O movimento feminista surgiu no final do século XIX e se firmou de maneira definitiva nas décadas de sessenta e setenta. O ideal desse movimento era direitos iguais para homens e mulheres. Do ponto de vista cívico e de liberdade de expressão isto é mais que certo e deve acontecer cada vez mais daqui pra frente. Mas do ponto de vista essencial, cultural e social foi um verdadeiro desastre, já que muitas mulheres ao redor do globo confundiram direitos iguais com fazer, praticar e atuar as mulheres, igual aos homens que dominavam a sociedade. A luta por direitos iguais se tornou uma competição imbecil para provar quem é mais forte e quem é mais livre e o resultado mais bizarro disso são mulheres falando grosso e saindo no tapa.

Mulheres dinamitando seus sonhos e instintos biológicos para provar que são felizes só. E assim se vingar da mágoa que os homens nelas criaram ao longo da linha do tempo. Mulheres que de maneira consciente ou inconsciente tentam se transformar em homens e esquecem que somos e viemos de essências energéticas diferenciadas que devem se complementar em amor, respeito, admiração, carinho, Família. Na minha humilde opinião, se tivessem lutado apenas por igualdade de salários, (podiam até queimar uns sutiãs, fazer um ou outro protesto necessário como foi feito, mas sem se levar tão á sério), teriam sido mais objetivas e hoje seriam mais felizes.







E você deve se perguntar: “Mas quem esse sujeito arrogante pensa que é para falar o que sabe das mulheres”? Na encarnação atual sou Ruy e Ruy é terapeuta e as mulheres confiam em terapeutas. Então afirmo categoricamente que: Em proporção a liberdade esquizofrênica que conquistaram, para atuar no mundo social, as mulheres encarceraram, castraram sua essência e dilapidaram seus processos orgásticos, a ponto de transformar o parto em dor.




Básicamente e pelo menos 80% delas, principalmente as que nasceram de 1985 para cá, não gozam ou tem como referência de orgasmo, um ataquesinho epiléptico fajuto no ego que trepa.






Não somente as mulheres, mas todas as gerações de jovens que nasceram nessa época, não sabem e não aprenderam o que é conquistar, construir, disciplinar. É possível que seus pais, que sofreram censura, ditadura, contra-cultura e etc, devido a seus grandes traumas por tudo isso, tenham pensado que esses jovens poderiam ser educado na base de uma pseudo-liberdade que criou essa nova legião de escravos hi-tech.






Lembrando que, toda analise aqui feita, parte de um conceito coletivo e não indivdual.






As mulheres precisam agora amar, perdoar e confiar para reconquistar os homens. Esses estão apavorados sem saber o que fazer, com medo da força e da vingança.

Ser hetero é mergulhar num oceano profundo de um continente obscuro chamado oposto. É entrega ao desconhecido e gratidão ao inatingível.









Todas as fantasias de independência e conquista do século XX, devem agora se acalmar para dar lugar a harmonia que deverá criar as famílias que habitarão nosso planeta no futuro. Essas identificações e costumes que fazem de nós homens e mulheres são um embuste. Nós somos pequenos deuses e deuses podem ser de tudo.


Parafrasenado Chico Cézar,

"Já fui mulher! Eu sei."

Eu sou.

Namastê








R.M. Médico Animósico – outubro de 2009

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Crônica Reflexiva de um Ex Clubber que Perdeu seus tótens


Sou do tempo em que tecnologia de ponta começou a surgir no país como um luxo da finada classe média. Primeiro vieram os bípes, telefone celular era um tijolo que só alguns ricos podiam se da ao luxo e os computadores domésticos estavam longe de ser parte dos modelos de eletrodomésticos usados pelas famílias do Brasil. Hoje em dia você vê pessoas de todas as classes com todos os modelos de celulares, mp3 e etc.

Quando eu era adolescente idolatrávamos bandas e rodas de violão. DJ era como um técnico de mesa de som especializado em música, mas jamais “artista”.










O primeiro club que eu fui era o “Mingau”, matinê dançante que acontecia no Ipanema club de Sorocaba das 18h00 as 22h00, um ou dois domingos por mês. Vendia Keep Cooler (bebida alcoólica) para crianças de nove a dezesseis anos e sempre terminava tocando “teikemaibrendouê....”, tema do filme Top Gun. Sempre!

Era á hora de dançar de rosto colado falando no ouvido, isso não deve existir mais.                                                                                                              
                                                        
                          
































Na metade da década de noventa, foi quando surgiram as primeiras festas raves do Brasil. O conceito do bailinho house music, ou da discoteca ganhava ares ripes, surfistas e cibernéticos em meio a cenários naturais regados a muitos decibéis e velhas novas drogas sintéticas com novas releituras. Gays e Héteros dividindo a mesma pista de dança sem brigas e em harmonia. Uma avalanche de cores em panos e temas flúores familiarizavam temas como cogumelo, duendes, Shiva e Ganesha.


Da minha parte e da parte de muitos dos amigos que estavam comigo testemunhando o nascer desta “cena eletrônica”, era de dar orgulho e alegria ver e sentir aquilo que a nossa geração estava criando.














Uma cultura longe dos traumas e dos sentimentalismos da turma de 1964 e daquela geração de jovens de nossos pais. 

Queriamos ser livres da esperança do “grande amanhã” e “quem sabe faz á hora” e todo aquele passado sentimental energético que herdamos, mas que já vinha acontecendo desde antes de termos nascidos.













Tinhamos o novo! O incriado até então. Uma dança tribal independente onde não precisávamos de par, pois estávamos com todo mundo, isso era a pista. O nascer do sol como ápice da festa e não mais como o final. O fim do mito fonográfico, do cabeludo que não toca porra nenhuma, vomita no microfone, peida na guitarra e vende milhões. Os ruídos da natureza misturados aos ruídos das industrias transformados em ritmos, melodia, música.

Foi essa a visão que tivemos, eu e talvez muitos sensíveis naquelas primeiras festas, quando tudo era novidade.







 Pensar hoje na influência da tecnologia em nossas vidas me faz lembrar meu professor Wilson Ferreira, autor do livro: “O Caos Semi-Ótico”, que dizia que: Toda tecnologia nasce de finalidades bélicas antes de se tornar doméstica.











Alguns anos depois eu fui pra Bahia e encontrei a visão que eu temia. Aquele sonho de liberdade cultural através do cruzamento da natureza com a tecnologia pacífica em música e arte que criávamos, tinha se transformado numa horda de escravos coloridos tomadores de cápsulas e adoradores de técnicos de mesa de som especializados em música, ops, quer dizer DJ.

















Em meio a uma praia suja, cheia de garrafas plásticas, restos de alimentos e embalagens pela areia, barracas de camping, gente de todo tipo tentando imprimir uma liberdade psicodélica sem nenhuma disciplina, sem nenhuma consciência sobre o que é respeito. Uma porção de jovens agindo como adolescentes e uma porção de adolescentes querendo agir como jovens. Pessoas de treze, dezoito anos sem orientação, sem propósito, sem educação. Tinham apenas drogas, dinheiro e uma vontade suicida de dançar sem nunca parar. Três, quatro dias seguidos, sem sono, sem banho, sem comida, sem higiene, apenas nutridos pelas impressões, pelas substâncias estupefacientes e por segredos guardados dentro de corpos, caras e bocas que desfilavam para a multidão.













Irônias da vida, Ibiza é a grande Meca do que tudo isso representa. A chamada “cena Eletronica” tem aqui a sua estampa publicitária a nível mundial.








O que eu posso dizer disso é que estar aqui e testemunhar o resultado dessa cultura duas gerações depois é preocupante. Queria poder dar a dimensão do como funciona o raciocínio e o senso critico do jovem europeu classe média, mas não ouso. Traduzo-os de maneira coletiva como: Ateus, sem esperança, sem sonho e totalmente disposto a gastar todas suas energias para distorcer a consciência tranqüila para estados mais acelerados, psicodélicos e confusos. O egoísmo é tido como algo super natural, já que todos podem trabalhar e comprar aquilo que desejam para ser “feliz”.












Vale lembrar que as festas e after hours das 06h00 as 18h00 estão proibidas aqui na ilha e isso aconteceu porque estavam perdendo o controle. Pessoas morriam de overdose nas pistas de dança, o corpo era coberto e a galera continuava dançando. Não me lembro de estar em uma festa e alguém ter morrido nela, mas quando eu freqüentava festas, sinto que se isso tivesse acontecido, a festa teria acabado.





Eu sei que há muita coisa boa nas festas, que são necessárias para reunir gente divertir as pessoas e que há muita gente boa e bem intencionada produzindo festas, fazendo isso com amor e com uma vontade sincera de proporcionar um entretenimento a preços justos e saudáveis.


 



Porém, festa significa ter algo para celebrar e para aqueles que se consideram cidadãos do mundo e não estão limitados a uma região geográfica do globo, sabemos que: "Há muito trabalho para se realizar nesse planeta e quase nada para se comemorar".









A indústria de festa virou o atraso da juventude e o boicote do amor, do sagrado e do eterno. Enquanto meia dúzia de empresários, umas dezenas de dj´s, traficantes e mais alguns promotores enriquecem da noite pro dia, a juventude européia ( que serve de espelho para a juventude mundial) empobrece, vai a banca rota se reunindo todas as noites em pequenas caixas negras fechadas para: Respirar fumaça e suor, ficar surdo pra ouvir, sem voz para falar, fedendo, suado, sufocado, pagando preços absurdos por produtos que valem até mil por cento menos do valor que cobram nesses lugares (uma cerveja custa 10, 12 euros em qualquer discoteca e no mercado alguns cêntimos, uma água 7 euros e pode ser comprada por 0.6 centavos). E o pior é que essas pessoas se sentem inteligentíssimas fazendo isso e crêem que o resto do mundo todo as inveja e gostaria de estar fazendo o mesmo.


Eu não sei se essas reflexões e informações importam para as pessoas ao redor do mundo e se isso faz diferença para elas. A minha conclusão final é:


"Passei a minha adolescência e juventude desejando ser e estar com pessoas e fazer coisas, idolatrando formas de ser e opiniões que hoje me vejo integralmente em contato. E a ótica de quem está de dentro do olho do nevoeiro do furacão sem dúvida é outra; mais cru, menos glamourosa, simples e objetiva".

Eu não admiro mais essas pessoas. Estava enganado a respeito da felicidade, propostas e alegria delas. Percebi que A grande maioria das pessoas que deixa suas casas e sai pela noite buscando diversão em discotecas e bares está em fuga de si mesmo e da realidade que criou pra si. E tenta através da reprodução de ciclos de humor positivos e negativos e de uma padronização massiva dos gostos, dos ritmos e das impressões se sentir integrado, menos só e menos responsável pelos fracassos e pela preguiça e sempre se espelhando e se comparando com gente que está mais podre, mais embaixo, mais “acabadinha”.









Da mesma maneira que durante o dia seu corpo se energiza e está desperto elivre para realizar as atividades que você busca e realiza, a noite é o dia do Espírito.

À noite, foi feita para que o corpo físico material grosseiro relaxe; e o corpo sutil se torne lúcido, esteja um pouco livre do cárcere em que se encontra durante o dia. E assim possa habitar e visitar as diferentes dimensões a que tem acesso.


É maravilhoso pensar que: O Espírito numa atitude de doação se eclipsa durante o dia, para que o corpo material grosseiro habite o reino material de Satwas e rajas (manhã e tarde). Em troca disso, o corpo sutil tem a suas horas de liberdade a noite, (em Tamas) permitindo assim que o corpo material grosseiro adormeça se re-energize e mais que tudo, se proteja das influências energéticas densas e confusas que fazem parte das trevas e do reino energético de Tamas. Tudo assim, simples e clássico como a vida pode, deve(?) ser.

R.M. - Medico Animosico - Outubro de 2009




quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Karma das Nações - Itália

O Karma das Nações - Itália


Abrangendo uma vez mais o tema karma, escreveremos um pouco sobre o karma das nações.


Lembrando que semelhantes karmas individuais formam karmas e psicosferas coletivas que se transformam em planos de consciência que se materializam em homens, mulheres, crianças, terrenos, lugares e coisas animadas e inanimadas que se atraem e se similarizam através de leis físicas que vão desde a concepção da molécula até a constituição da matéria.




Para iniciar este polêmico tema escolhi Itália por ser um país com o qual sempre simpatizei e por ter tido a oportunidade de trabalhar de perto intimamente com os italianos.






Por toda a Europa, (da mesma maneira que no Brasil caracterizamos as pessoas por seu sotaque, aparência, cacoete e etc) diferentes formas de ser e agir caracterizam culturas e costumes. De um modo geral, todos aqui identificam: O inglês como tonto e agressivo (bêbado), o alemão como frio, o espanhol como velho preguiçoso e apaixonado, o português como triste e pobre, o francês como arrogante e o italiano como “simpático” carismático, emotivo. Porém esse “simpático e cia” tem interpretações bastante elásticas e questionáveis.

De uma maneira ora vaga ora evidente, o Italiano em Europa é visto como o “Cearense” ou o nordestino no Brasil. Um povo forte e sofrido, de uma terra forte, mas que migra e viaja sem perder suas características mais marcantes. O italiano é manhoso, gesticuloso, sem auto critica ou consciência corporal. Completamente dominado pela emoção, o italiano ama competir seja apostando, seja no tom de voz, fazendo graça e quase sempre sem perceber.

Lembremos que o império romano dominou o mundo e podemos dizer que quando isso aconteceu á evolução espiritual do homem em termos científicos era bastante precária, nutrindo mais as reverências e fantasias do rito religioso e da mitologia do que o contato com Deus através do auto-conhecimento ou coisa do gênero (como acontecia na Ásia cinco mil anos antes do império romano).



Os italianos carregam em seus genes heranças da pré-história assim como das diversas raças dominantes que em diferentes épocas lá habitaram. Etruscos, bárbaros, fenícios, latinos, celtas e mais dezenas de diferentes povos, tanto do ponto de vista comportamental como do ponto de vista da percepção. E essa possível “diferença perceptiva” em relação aos países dominantes, somado a mistura de povos e raças que dominaram não somente Itália, mas principalmente Sardenha e Sicília; Desenvolve esse animus e ânima coletivo que são os italianos materializados em seus gestos, tons, ironias, excessos de simplicidade que podem e são interpretados como exageros.




A grande maioria dos italianos traz os karmas de
suas tribos da antiguidade bem vivas. Suas paixões avassaladoras e caráter emocional materializam sua forma de ser, reconhecidas nesses trejeitos que também caracterizam muito o paulistano.
A hipocrisia política, a corrupção nos poderes, o homosexualismo, a escravidão, a paixão pela guerra, a força, a lealdade, a honra, a máfia e diversos valores que solidificaram o Império Romano parecem muitas vezes imprimir as texturas celulares dos seres que vem desses locais até hoje.


Jovens Italianos de férias nos dias de hoje, por diversas vezes trazem a tona esse instinto que remete os tempos antigos em que outrora esse povo dominava o mundo. Talvez o mundo não seja mais domínio dos romanos, dos italianos. Mas talvez também o sabor que infla o ego de quem um dia dominou algo, ainda mais o mundo, parece não ter abandonado os beiços dos exemplares da geração atual. Mas isso não é exclusividade dos italianos apenas e sim de todos os povos que chegaram próximo ou de fato dominaram.

Lembrando que a Itália unificada que conhecemos, existe apenas desde meados 1870. Seguramente antes das diversas misturas raciais, as diversas tribos e povos que formaram esse estado unificado, deveriam rememorar mais, essas características celulares e moleculares.



Na medida em que desenvolvermos a percepção, a sensibilidade e trabalhamos o chakra Ajna, (correspondente da glândula pineal do sistema endócrino, no sistema chakral do corpo mental) responsável pela visão intuitiva, vulgarmente conhecida como 6º sentido, começamos a nos familiarizar com os karmas coletivos e a entender a família humana seja desde a queda adâmica, ou dos tempos de Mu, Lemúria e Atlântida.
Ainda que não possamos precisar em que ponto da linha do tempo as ilusões e identificações com as criações de idiomas, bandeiras, culturas e ideologias, tenha tido seu inicio é clara a semelhança entre povos ditos diferentes. É fato que a língua inglesa veio da alemã. Que existem países há quatro horas de distância um do outro com culturas e idiomas ora parecidos ora totalmente diferentes, que me faz pensar o que seria se cada estado do Brasil resolvesse eleger um idioma e um nação para o seus sotaques, ou forçando muuuuito, dialetos.



Quanto mais se conhece os seres humanos, mais se realiza e constata o quanto somos uma família vista de diferentes prismas e as identificações com as nações, raças, idiomas, nacionalismos e bandeiras são ilusões grosseiras, mas que ainda assim, geram karmas.





Essa é a Lei.



R.M. – Médico Animósico. outubro de 2009

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Minhas reflexões sobre os “Jackson´s Fives:



Minhas reflexões sobre os “Jackson´s Fives:


Devia ser o ano de 1983 ou 1984 quando tive minhas duas primeiras referências musicais lapidadas em meu inconsciente de maneira brutal e pensando hoje, talvez sem escolha. Kiss e Michael Jackson, não necessariamente nessa ordem foram os dois primeiros discos, os dois primeiros pôsteres a aparecerem em minha casa e em minha infância. De maneira direta por causa de meu irmão mais velho, de maneira indireta por causa dos Primos mais velhos: Alberto, Henrique e Marcelinho, que tinham ido ao Rock n´Rio e tido a sorte de se hospedaram no mesmo hotel de Ozzy Osbourne, com quem fizeram fotos e na época nos mostraram.






Mas voltando ao foco desta humilde crônica reflexiva, revendo hoje as imagens de Jackson Five e Michael Jackson criança, ambos colossais realizando seus dons de maneira ilimitada e
surpreendente. Matando as pessoas em volta de admiração, inveja, sonho sem nem se darem conta de que estão, de que estavam plantando uma semente de liberdade no coração de cada fã ou pessoa ali presente. O Menino Michael em momento algum de sua infância parece revelar o desesperado quadro que viveria 30 anos depois. E foi pensando no Por que, deste quadro, que me meti a escrever sobre esse sujeito de biografia terrestre espantosa e exótica acima de tudo.







Recapitulando: Jackson foi um menino que teve sua infância estuprada por compromissos profissionais que fizeram dele um mito de vendas, de noticias, de arte. Até a primeira metade de sua vida conseguiu administrar e passar a imagem de “bom-moço negro feliz americano” que podia perfeitamente através da dança e da música, sanar os Karmas e as injustiças dos anos de escravidão e racismo na América, desde que se englobasse no Sistema de Fabricação de Felicidade em Massa, leia-se a construção de um Pop Star e esses quanto mais estranhos e maníacos melhor.







Logo, na segunda metade de sua vida, o feitiço vira contra o feiticeiro. E aquele genuíno produto dos conceitos de prosperidades vomitados em Bervelly Hills, Palm Beach e Cia... Transforma-se na coisa mais estranha e inqualificável da história. Um homem que não cresceu! Como se o espírito de Jackson na esperança de perpetuar Peter Pan se recusasse a aceitar os dogmas do que é ser adulto. Independente de ser certo ou errado a postura de Michael principalmente após os 40 anos, indicia uma esperança, um aviso desesperado de que não se pode perder a infância. De que é melhor sacrificar a sanidade em nome da arte, do que a infância em nome da guerra.






Jackson é a materialização escancarada de que nós e os que vieram antes de nós estamos enganando nossas crianças. Estamos subornando-as com promessas de passeios, brinquedos e derivados da fama em troca de bom comportamento ao invés de educá-las a Luz do conhecimento e da Verdade.









Toda a esquizofrenia, pedofilia (eu não acredito que ele fosse, mas aceito a hipótese) e possíveis demências de Michael sumiam, viravam nada quando ele dançava, quando era o Bailarino, o Inventor, quando ele compunha um novo hit ou gravava um novo clip. E o mesmo efeito energético acontece quando uma criança com câncer, um jovem manco ou aleijado sorri e fica feliz por alguma coisa simples, (ás vezes invisível e essencial) que lhe aconteça. A doença é nada diante desse momento.






O tempo é uma propriedade psíquica. A biografia de Michael Jackson e os “totens & tabus” que elegemos como padrão de felicidade está intimamente conectado.

Não somos tão diferentes assim. As aberrações que víamos e coisas que sentíamos ao testemunhar a evolução mutante do artista são as nossas imperfeições e mentiras que não queremos contato, projetadas em alguém fora de nós. O Cristo, o Rei, O Michael Jackson. O ídolo é a maior vitima de todas. Será a primeira cabeça cortada quando os medíocres se sentirem insatisfeitos.






Talvez igual ou pior que Jackson estamos nós fazendo plásticas e maquiagens na intenção de esconder nossas imperfeições, nossas taras e fraquezas, nossas doenças camufladas na estética da prosperidade.






Mas como pimenta no dos outros é refrescos e não é todo mundo que consegue dançar e através dessa dança explicar o que é Liberdade e jogar os conceitos de limites na lata do Lixo, fica fácil entender por que fascina o povo, ver gente boa e competente se dar mal, principalmente na America do norte e America latina.


As pedofilias e defeitos de Michael Jackson são materializações de diferentes prismas dos travestis de Ronaldo, da maconha de Gilberto Gil e Soninha, da “maioridade penal”, de todas as hipocrisias que praticamos e justificamos em discursos sofismáticos, ou dos conceitos de diversão que consumismos plastificados em lentas formas de suicídio.




R.M. Médico Animósico - Setembro 2009






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